Povo marcado

O eterno país do carnaval
Carlos Motta


A foto acima é do "desfile" do bloco carnavalesco Chupa Que é de Uva, de Jundiaí. Segundo a imprensa local, ele reuniu cerca de 40 mil pessoas. Jundiaí tem aproximadamente 400 mil habitantes. Ou seja, 10% de sua população foi, como se dizia, "brincar" antecipadamente o carnaval com o bloco.

Leio que na capital um outro bloco, o Baixo Augusta, reuniu 300 mil foliões.

Tanto em Jundiaí como na capital o Poder Executivo pouco fez para ajudar a
organizar a bagunça.

Essas duas - e tantas outras - manifestações carnavalescas são, portanto, iniciativas de pessoas que acham importante a festa.

São manifestações populares.

Creio que, a julgar por essas prévias, o carnaval deste ano, o da mais profunda recessão já vista nestas terras, será um dos mais marcantes dos últimos tempos.

É tanta alegria, tanta criatividade, tanto suor, que fico pensando cá com meus raros botões o que seria deste Brasil se toda essa energia fosse canalizada para a construção de um país mais justo e igualitário.

Penso tanto nisso que acabo concluindo que a minha ingenuidade é incurável.

Afinal, este sempre foi, é, e sempre será o país do carnaval.

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