A família Marinho é hoje a maior inimiga do brasileiro

Weden Alves

As mentiras que eles contam

A família Marinho é possivelmente hoje a maior inimiga do jornalismo brasileiro. Este posto já foi ocupado pela família Civita, mas como a Abril está falida, vamos a alguma empresa mais relevante. Enquanto um El Pais Brasil busca opiniões divergentes sobre a necessidade de um projeto de destruição da Previdência Social, a famiglia obriga os seus jornalistas a criarem boxes explicando "o por que da 'reforma' ser
necessária". O leitor, indefeso, acaba sendo levado a concordar com sua própria tragédia. Mais ainda agora com a lei da terceirização (lê-se Lei de Precarização Absoluta do Mercado de Trabalho).

Os veículos da Famiglia mentem ao dizer que a lei não retirará direitos previstos na CLT. Um sofisma barato, que não paga o jornal. É lógico que não mexe. Ela simplesmente abre a possibilidade de nenhuma empresa querer contratar pela CLT. O que vai acontecer é uma pejotização ilimitada da mão de obra. Ora, contrato entre pessoas jurídicas não prevê férias, direito ao INSS, FGTS, 13o e sequer licença maternidade.

Na dispensa, o trabalhador-empresa também não terá seguro desemprego. No máximo, quem sabe, os rendimentos de um seguro de "lucros cessantes". Se o fizer.

Mas nada disso é dito nos jornais. Isso não é jornalismo.

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