Nilson Lage
Comentário particularmente interessante de Carlos E. Cue, em El Pais:
Comentário particularmente interessante de Carlos E. Cue, em El Pais:
“Mauricio Macri é um dos presidentes que melhor conhecem Trump. Mas não pela política. Ambos mantiveram uma relação intensa e conflituosa quando quiseram fazer negócios imobiliários juntos em Nova York, em meados dos anos 80. Viram-se em
inúmeras ocasiões, compartilharam o golfe e diversões, mas a relação não se consolidou e os Macri acabaram vendendo sua parte aos Trump. Talvez por esse passado, ou porque sabe da má fama que Trump tem na América Latina, Macri se distanciou a todo o momento do candidato republicano e apostou claramente em uma vitória de Hillary Clinton.
Para a Argentina, os Estados Unidos são cruciais porque depois do giro de 180 graus de Macri sobre os Kirchner, o apoio das empresas e, sobretudo, do mundo financeiro norte-americano é fundamental. Macri e seu Governo firmaram pactos com Wall Street e com a Administração Obama e esperam que tenham continuidade com Clinton. Mas se Trump vence, terá de começar do zero.
O paradoxo é que enquanto Trump está apostando em limitar o livre comércio, na América Latina presidentes como Macri, Michel Temer ou o peruano Pedro Pablo Kuczynski encabeçam uma onda em favor da abertura comercial e da aproximação com os EUA que não se via fazia muitos anos na região.”