Do DCM:
Da CBN:
Da CBN:
Para fornecer sucos de laranja para a secretaria de educação do estado de São Paulo, a Coaf, a cooperativa investigada na máfia da merenda, fechou três contratos para pagamento de propina, dois deles com o escritório de advocacia Paciello.
Em depoimento ao Tribunal de Justiça de São Paulo, Cássio Chebabi, ex-presidente da Coaf, voltou a afirmar que dois deputados tucanos, Fernando Capez e Duarte Nogueira, foram beneficiados com a propina, além de servidores públicos. O processo no Tribunal de Justiça corre sob sigilo, já que Capez tem foro privilegiado por ser promotor.
A reportagem CBN teve acesso ao depoimento com exclusividade. Ao desembargador Sergio Rui, Cassio Chebabi disse que a propina girou em torno de 10% do contrato com a Secretaria de Educação de Alckmin, ou seja, R$ 1,3
milhão.
A partir dos contratos de gaveta com o escritório Paciello, a campanha de Capez de 2014 teria sido beneficiada. Outra metade da propina teria sido paga a Marcel Julio, lobista no esquema de corrupção. Vanessa Paciello Laurino, apontada como cunhada de Marcel Julio, aparece como sócia do escritório de advocacia.
Na Receita Federal a empresa está registrada no Itaim Bibi, na Zona Oeste da capital paulista. Nesta terça-feira a reportagem foi até o local, um prédio residencial. O porteiro disse não conhecer o escritório nem o nome Vanessa Paciello.
No depoimento ao Tribunal de Justiça, Chebabi disse ainda que boa parte da Secretaria de Educação de São Paulo tinha envolvimento na máfia; que a Coaf ‘tinha que pagar muita gente lá’.