Janot, Moro e a quadrilha da Lava Jato devem ser julgados por traição ao país

Xadrez da hora da verdade de Temer

A Nova República termina com o golpe do impeachment. Agora se está na fase de transição. As próximas etapas serão de aceleração aguda da crise econômica e social, que levará a um desfecho rápido - que ainda não está no radar.

Peça 1 - o aprofundamento rápido da crise

Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul quebraram. Minas Gerais está a caminho, assim como o Paraná. Sem possibilidade de emitir títulos, a crise resultará em inadimplência com fornecedores, atrasos nos proventos dos funcionários,  com a temperatura política subindo.

Haverá problemas inevitáveis na saúde e segurança.

As consequências são óbvias: aumento do desemprego, dos conflitos de rua, das disputas entre os donos do poder pelos restos do orçamento. Tudo isso com o país sendo conduzido por uma junta governativa suspeita de corrupção, conduzindo um ajuste fiscal suicida, com várias disputas entre os poderes,  e um presidente da República vacilante e de pequena estatura política.

Pela rapidez com que a crise se aprofunda, tudo indica um desfecho rápido, complicado, com desdobramentos imprevisíveis.

Peça 2 – as armadilhas ideológicas

Mesmo os economistas ortodoxos mais sérios já se deram conta do desastre que vêm pela frente. O próprio mercado começa a levantar aspectos que impediriam a recuperação da economia - como o alto desemprego, o endividamento de empresas, o nível de capacidade ociosa da economia, a perda de ímpeto das exportações.

...

A marcha da insensatez prossegue por dois motivos.

O primeiro, pela estratégia do lado ideológico do mercado, que aposta na piora da economia como maneira de pressionar o Congresso por reformas drásticas que aprofundarão mais a crise no curto prazo..

O segundo, pela armadilha em que mercado e mídia se meteram, ao bater diuturnamente na falsa saída do ajuste fiscal rigoroso como maneira de recuperar a economia. Esse foi um dos motes para a aprovação do impeachment. Como admitir que foi um enorme erro?

Peça 3 – as pré-condições para mudar a política econômica

Em um ponto qualquer do futuro, vai cair a ficha sobre a  necessidade de um aumento substancial do gasto público como única maneira de reativar a economia. A questão é saber a profundidade do buraco que está sendo cavado. No limite, se terá um país conflagrado.

Não se trata de tarefa fácil reverter esse quadro. Choques de gastos ou reanimam o paciente, ou produzem hiperinflação exigindo, por isso, não apenas competência técnica como credibilidade política.. Há um conjunto de pré-condições, para que sejam bem sucedidos.:

Condição 1 - Não podem incidir sobre as despesas permanentes. 

Tem que ser focados em investimentos em setores de rápida resposta. Não haverá como não fugir das grandes obras públicas. E tem-se o setor destruído pelo trabalho da Lava Jato.

Quem se habilita a enfrentar a elite do funcionalismo público, incluindo Judiciário e Ministério Público?

Condição 2 – terá que convencer a Lava Jato a atuar racionalmente, permitindo reativar o setor de infraestrutura e a cadeia do petróleo e gás

Não será tarefa fácil.

Aqui no GGN fizemos o primeiro alerta, através do comentarista André Araújo, sobre a falta de sentido da Procuradoria Geral da República trocar informações com autoridades dos Estados Unidos, visando processar uma empresa de controle estatal, a Petrobras.

Mostramos que, dias depois da volta dos Estados Unidos, a Força-Tarefa investiu contra a Eletronuclear, depois da visita do Procurador Geral Rodrigo Janot a uma advogado do Departamento de Justiça que até um ano antes servirá ao maior escritório de advocacia que assistia o setor eletronuclear norte-americano.

Ontem, na audiência da Lava Jato, confirmou-se a parceria de delação firmado pelo Ministério Público Federal com o FBI, visando instruir o processo contra a Petrobras nos Estados Unidos.

Em um ponto qualquer do futuro, quando se recobrar a normalidade democrática - ou na hipótese de assumir alguma liderança nacionalista de esquerda ou direita - Rodrigo Janot e seus companheiros, mais a equipe da Lava Jato,  responderão por crime de traição ao país.

Agora, trata-se de encontrar a maneira mais rápida de apagar o incêndio que se alastra.

Quem se habilita a enquadrar a Lava Jato?


Leia o artigo inteiro AQUI

Subscribe to receive free email updates: