Cai o mito
Leandro Fortes
Hoje, seria caso de intervenção do Conselho Tutelar.
Leandro Fortes
Esses últimos anos têm sido tão terríveis, tão cruéis, revestidos de tanta insanidade, que quase esquecemos que, sim, os Bolsonaro fazem parte do gênero humano.
O que aconteceu a Flávio Bolsonaro, no debate do Rio, também aconteceu a Dilma, em um debate presidencial, em 2014.
O fato é que todo mundo, em algum momento crucial, público ou relevante da vida, já sofreu - ou vai sofrer - uma queda de pressão.
É da vida.
O ocorrido com Flávio, no entanto, trouxe a público uma faceta da rotina dos Bolsonaro que, embora deduzível, causa um misto de horror e pena: papai Bolsonaro é um fascista, também, em família.
Ao impedir que Jandira Feghali socorresse Flávio e, em seguida, tratar o filho como um soldado negligente, a quem ordenou fazer flexões, Jair Bolsonaro nos deu a medida do que deve ter sido a criação deste e de seus outros dois filhos.
Psicopata que tramou a explosão de bombas em quartéis e na Academia Militar das Agulhas Negras, Bolsonaro deixou o Exército nos anos 1980, quando era capitão, mas levou a caserna para dentro de casa.
Não é difícil imaginar o que esses meninos - todos truculentos, homofóbicos e fascistoides, como o pai - passaram na infância e na adolescência, até se tornarem caricaturas ambulantes do pai.
Hoje, seria caso de intervenção do Conselho Tutelar.