A prática diária do ódio

Mario Rocha

Tá todo mundo lá no bolso do seu Odebrecht. Tem Lula, tem Dilma, tem FHC, tem Serra, Aecio, Aloysio Nunes, Temer, oito ministros, governadores, porradas de parlamentares... tá lá a República inteira, o Brasil mostrando a sua cara.

Mas na chamada grande imprensa, principalmente nos veículos de massa como rádio e TV, a palavra de ordem é praticar minutos de ódio contra os "suspeitas de sempre". Os donos do capital, a turma da grana preta, elegeram Lula e Dilma como os inimigos de seus interesses. Elegeram o PT como o entrave para a realização de seus negócios suspeitos e a maximização de seus ganhos em cima do trabalho alheio.
Reclamam que os governos Lula e Dilma elevaram demais os salários no país.

No livro "1984", um clássico do genial humanista George Orwell, um governo totalitário estimula a população a praticar, diariamente, dois minutos de ódio àqueles que o Grande Irmão (Big Brother) escolheu como o inimigo a ser odiado. E, assim, manter o povo sob controle e alienado das intenções nefastas do governo.

É o que vemos e ouvimos hoje nas rádios e TVs no Brasil. Minutos diários de ódio contra um grupo específico de delatados como se não houvesse outros. Muita gente já percebeu essa manipulação. As pesquisas que apontam Lula como favorito à presidência são uma resposta ao Grande Irmão. Uma resposta assim: "Já percebi que você quer que eu odeie quem um dia me fez bem. E quer que eu aceite os seus amigos engomadinhos que nem sabem que eu existo, a não ser como um número na multidão ou nas planilha dos seus economistas".

Obrigado, George Orwell!

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