Tijolaço: Acusação a Lula, até agora, é só discurso de ódio

Fanático evanjegue formado nos EUA
Fernando Brito

Assisto agora a fala de Deltan Dallagnol, o jovem chefe da Força Tarefa.

Até agora, o Doutor não entrou em uma prova fática.

Foi um discurso político que só encontra suporte na histeria anti-Lula com que a mídia fez impregnar este país.

Diz que, se diretores indicados em acordos políticos com outros partidos roubavam, isso indicava que Lula é pessoalmente responsável por seus atos, porque as nomeações só poderiam ter intenção “arrecadatória”.

Lula, berrava ele – não sei o que me fazia lembrar daquele sujeito do “Revoltados Online”, tinha de saber. Mais, não só sabia como fez com essa intenção.

Domínio do fato virou “domínio das suposição”.

“Toda a prova apresentada até aqui” – disse Dallagnol, sem apresentar qualquer uma que não fossem os desvios praticados por diretores da Petrobras – é suficiente para “incriminar Lula como comandante deste esquema de corrupção”.

Interessante é que ele aponta vários beneficiários de vantagens gigantescas – entre eles Pedro Barusco, com mais de R$ 100 milhões – diz que Lula teria “recebido”, sem dizer como, valores de R$ 3,7 milhões.

Que comandante modesto, não é?

Ainda acompanho o “pronunciamento” do revoltado promotor, à espera de alguma prova para o que ele chama de “propinocracia”. Prova mesmo, não o que ele diz que “são pedaços da realidade que permitem formar uma convicção” de crime, para chamá-lo de “general” do esquema.

Até agora não é a entrevista de quem vai apresentar uma acusação por benefícios no chamado “triplex” do Guarujá, que não é dele, e a guarda de umas caixas num depósito.

Estes são fatos. O resto é histeria acusatória que, infelizmente, parece ter substituído a aplicação da lei.

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